Um grupo de mulheres ocupa terras de uma usina canavieira, alegando que é uma propriedade dada em cartório a um santo, espaço sagrado, onde rituais são realizados. A essas terras destinadas à cana elas nomeiam como ‘Terra de Santo’. As máquinas aproximam-se, mas elas, guardiãs do lugar, não deixam as terras. Este é o eixo principal da peça, e a partir dele se dá uma viagem poética e conversa com ‘mortos da sociedade da cana’, outras famílias e etnias e suas histórias de resistência ou rompimentos com espaços sagrados, tradições e fé.

O espetáculo segue a trilha iniciada com Assombrações do Recife Velho (2005) e Memória da Cana (2009), resultado das investigações sobre os processos de formação do Brasil por meio da história e cultura do Nordeste brasileiro, e da relação do país com a cana-de-açúcar, tradições e ritos das etnias que trabalharam na indústria canavieira; mais especificamente, índios, negros, católicos portugueses e judeus, convertidos ou não. A dramaturgia enfrenta também as questões do trabalho no campo e distribuição de terra.

SERVIÇOS
Onde: Espaço Os Fofos Encenam - Rua Adoniran Barbosa, 151
Quando:Sábado ás 21 h
                 Domingo ás 18 h
                 Segunda e Terça ás 20 h